domingo, 29 de janeiro de 2012

Dalena

Cheguei então na “Dalena”, uma doceria que segundo amigos que moram em Recife é conhecida como a grife das tortas. Eu não concordo com a afirmação de que “tudo que é caro é bom”, pra mim funciona assim : “Se for bom até que pode ser caro”. E fui então conhecer a Dalena, onde a fatia das tortas varia entre R$7,40 e R$9,00. Minha primeira impressão sobre a doceria foi a pior possível. Parei na frente do balcão, onde todas as tortas estavam expostas e irritado pensei: “Como vou conseguir escolher um pedaço de torta para comer se todas, absolutamente todas, parecem ser maravilhosas e super gostosas?”. Pois é gente, a dona “Madalena”(proprietária da doceria) é cruel, muito cruel. Depois de horas na frente do balcão e com a coitada da garçonete já com aquela cara de “paisagem”, acho que já me odiando pela demora, escolhi não uma mas três fatias. Deus sabe como eu tentei escolher só uma, a minha sorte na ocasião é que estava com alguns amigos e eles me ajudaram a “degustar” as fatias que escolhi. Comecei então pela torta “Alemã branca”.



Quem me conhece sabe que eu amo demais e por todo sempre chocolate branco, mesmo sabendo que chocolate branco não existe e o que comemos é manteiga com 0,000001% de cacau. Enfim, eu gosto de chocolate branco mesmo assim, porque é muito, mas muito mais gostoso que o preto!E obviamente mais gordo, porque tudo é bom engorda, muito! (Tá eu sei que você e o resto do mundo preferem o preto e eu não quero saber a sua opinião...lá,lá,lá...não to escutando). Gente, gente, GENTE!! O que é essa torta? Se eu fosse escolher uma palavra para descrever essa torta seria: “Magnífica”, ou talvez “Maravilhosa” mas opto por não descrever porque só eu, Deus e alguns amigos sabemos a sensação de colocar um pedaço dessa torta na boca. Em seguida ataquei a torta “Mousse”, agora antes de você começar com sua chatice eu também gosto de chocolate preto, só não tanto quanto o branco, certo? 


O que falar sobre a torta “Mousse”? Será que é suficiente dizer que estava divina? Super –mega – ultra deliciosa? Bem passamos então para a torta “Veneza” e o dilema do chocolate meio amargo.


Quando eu vi essa torta no balcão eu pensei duas vezes em pedir, porque chocolate meio amargo não é lá muito a minha praia. Porque... Já deu pra notar né? Chocolate branco é bem doce e geralmente quem gosta de doce não é muito fã de coisas meio amargas. Mas encarei a “Veneza” e descobri que a Dalena consegue extrair o melhor, não das pessoas mas sim das tortas (Porque para as pessoas ela contribuí seriamente para baixa auto-estima dos gordinhos ou pessoas “em dieta” como eu). Sendo assim ela conseguiu com que eu amasse e pudesse dizer que gosto de chocolate meio amargo (De alguma forma pelo menos).
Não bastassem essas três fatias, enchi a paciência dos meus amigos pra “provarmos” mais três fatias, certo eu sei, eu sempre exagero. Escolhemos então as tortas “Dominó”, a “Alemã” tradicional e pra completar um “Cheesecake light”, porque por incrível que pareça ele parecia mais apetitoso que o “não light” e ainda me faria ter menos peso na consciência no final das contas. Começaremos pela “Dominó”, que é basicamente chocolate branco com preto.


Não tem como dizer que alguma coisa na “Dalena” é ruim, sem graça ou pior ainda “feia”, porque se tem uma coisa que eles entendem bem por lá é aquele ditado que eu sempre digo: “Apresentação é tudo”. Mas de todas que eu provei a “Dominó” foi a que menos gostei. “Mas como Bruno? É chocolate branco e preto juntos!”. O problema gente é que achei muuuuuuuuito doce, do tipo: “Preciso de um copo de água urgente!”. Mas há quem adore coisas “super doces”, eu sinceramente prefiro ficar com as “apenas doces”.
Chegamos ao “Cheesecake light” coberto com geléia de amora, que além de lindo era uma delícia, mas na minha cabeça cheesecake é mais salgado que doce e por isso não seria a minha primeira opção como sobremesa, porque como eu já disse 1000 vezes nesse post, minha praça, preferência, alucinação e o que me faz enlouquecer são tortas doces, só doces.


Em seguida e por último cheguei à torta “Alemã” tradicional. Ahhh, nunca na minha vida pensei que fosse dizer isso, que o fã clube dos “Adoradores de chocolate branco” não me escutem, mas eu amei e achei melhor que a Alemã branca. A propósito tive que usar uma foto do site da Dalena pra mostrar vocês a torta, porque ela era tão absurda que quando eu pensei em fazer a foto só havia restado os talheres no prato. Prontofalei!



Se eu pudesse ranquear as minhas “degustações” (Pra não dizer gulodice) na Dalena seria assim:

01 – Alemã clássica
02 – Alemã branca
03 -  Mousse
04 – Veneza
05 – Cheesecake light
06 – Dominó

Esse ranking é temporário, aviso logo, porque não vejo a hora de entrar nesse pedacinho do céu denovo e “degustar” outros sabores.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Quanto Prima

Já em Recife, com fome e com preguiça de pensar, fui logo para o Shopping Recife e direto para a praça de alimentação. Girei, girei, entrei na fila do MacDonalds, tive crise de consciência e saí da fila e fui pra outra, uma que servia salada. Aí na fila da salada pensei: “Eu estou de férias, dieta só em casa” e fui conhecer então o “Quanto Prima”, onde o prato do dia era Filé Livorno ao molho de vinho, com batata sautê e arroz branco como acompanhamentos.
Enquanto esperava já fui sondando onde seria a sobremesa, porque peloamordedeus são muitas opções. Eu nunca vi um shopping pra ter tanta praça de alimentação e ser tão grande. Sabe aquele filme de suspense/terror “Rose Red”? Aquele que a casa assombrada cresce todo dia um pouco? Pronto, assim é o Shopping Recife, toda vez que visito está maior ou com alguma nova expansão anunciada. Depois de me cansar de andar e ter escolhido para sobremesa uma doceria com nome de “Dalena”, voltei pra pegar meu almoço.
O prato chegou e o cheiro era divino, a apresentação muito boa também.

  
Aí fui direto à batata sautê, que é um prato que eu amo. E pra minha “felicidade” estava meio a meio. Uma parte cozida e gostosa e outra parte crua e terrível. Aí pensei: “Tudo bem, isso acontece, vai ver é uma particularidade do lugar e eu não sei, batatas parcialmente cozidas”. Passei então para o filé livorno ao molho de vinho, que ainda levava champignon, que eu amo de paixão (Pra vocês terem ideia coloco champignon até em cachorro quente). Primeiro pedaço do filé: Super macio...E super salgado. Segundo pedaço: Ainda salgado. Terceiro pedaço: Não houve, porque queria água, muita água, antes que desidratasse e morresse seco. E fim, porque no dia que eu achar um arroz branco que valha a pena falar eu aviso a vocês.
Minha conclusão sobre o quanto prima é a seguinte: “Ofereça como sugestão da casa sempre o seu melhor prato, porque a primeira impressão é a que fica”.
E se você quiser dar uma segunda chance ao Quanto prima ele também pode ser encontrado nos estados de Salvador, Sergipe e Brasília.   

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Barcaxeira

Depois da parada em Maragogi, segui estrada a fora e em direção à Recife. Decidi então parar pra curtir um pouco Porto de galinhas. Entenda “curtir” como comer algo diferente e apreciar a praia. Eu sei, eu sei, eu tinha acabado de comer e já estava pensando em comida, denovo? Mas já fazia 2 horas desde o Autocafé e eu não agüento ficar muito tempo sem comer, principalmente se não tiver feito a minha principal refeição do dia: “O almoço”, que nesse dia tinha sido “abolido” porque estava no meio da estrada onde não existia nada além de cana de açúcar e gado para qualquer lugar que você olhasse.
Já em Porto de galinhas, em torno das 14:00, estava eu feito louco lutando para conseguir achar uma cadeira para sentar e meio metro quadrado de praia pra conseguir ao menos molhar meus pés. Porque você sabe né? Em Porto de Galinhas de tarde não se consegue nada, se você quiser sentar, tomar um banho de praia e quem sabe uma água de coco é bom chegar antes das 10:00 da manhã. Pra vocês terem uma ideia, eu vi uma mulher ameaçando de morte um casal de velhinhos por causa de uma cadeira de praia (tá certo, exagerei) .
Estrada, briga, xingamentos, mar, água de coco quente (porque todas as geladas já haviam sido bebidas) decidi me alimentar antes que desmaiasse de fome, fui então na conhecida “Vila” do porto, onde encontrei várias e várias opções para comer. Foi difícil escolher, admito, porque as opções são muitas e todas parecem ótimas, a diferença de um restaurante para outro é apenas o quanto você está disposto a pagar, porque jesuscristodoceu entrei em uns restaurantes que pensei que ia ter que trabalhar lá um mês, dia e noite, para poder conseguir experimentar só uma entrada do cardápio. Reforço o ditado (que acabei de criar): “Onde tem turista pagando em dólar tudo é vendido a preço de ouro”.
Decidi então conhecer o “Barcaxeira”, que como o próprio nome diz oferece uma diversidade de pratos à base de macaxeira, ou como dizem no sul, aipim.
De entrada pedi uma “Capifrozen Smirnoff” sabor morango, porque vocês sabem né? É “super aconselhável” você tomar bebidas alcoólicas com fome, mas o calor era tanto, tanto que não quis pensar em nada, só em beber tudo e rápido.


Quando a “caipifrozen” chegou chamei o garçom e disse: “Eu pedi uma só”, porque...não é mesmo? Pelo menos eles tiveram o cuidado de colocar um pratozinho apoiando a bebida pra não escorrer tudo pela sua mão enquanto você bebe. A boa notícia sobre a “caipifrozen” era que era gostosa, a má notícia é que não era uma bebida alcoólica, pelo menos não senti uma gota de nada nem perto de álcool e olhe que o garçom disse que tinham duas doses de vodka, acho que gelo+polpa de fruta anulam o efeito da vodka, segundo a teoria do garçom (Duvi-deo-dó).
Depois de tomar a metade da batida e olhar o cardápio de trás para frente decidi por uma das especialidades da casa: “Macaxeira cozida com filé mignon acebolado” e pra acompanhar um “expresso com leite grande”.



Viram a foto né? Posso acabar por aqui? Precisa dizer que essa macaxeira gratinada foi a melhor macaxeira que comi na minha vida? Que esse filé estava perfeito? Que o molho do filé estava dando o toque final e arrasador? Pronto, falei.  Se você quiser comer a melhor e provavelmente mais cara macaxeira da sua vida conheça o Barcaxeira, vale muito a pena. E qualquer coisa eles trabalham com cartão de crédito e parcelam em 6x sem juros todos os pratos (MENTIRA! Ha!).

Obs: Ahh! Se você for uma pessoa educada esse prato, de R$29,90, dá tranquilamente para dividir com outra pessoa educada.(#fikdik)



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Autocafé

Férias, esperadas férias. Passei semanas pensando o que ia fazer delas: “Vou à Madrid ficar na casa de uma amiga”, aí descobri que teria que vender um rim para comprar as passagens aéreas e não me sobraria muito para realmente curtir Madrid. Aí pensei menor, “vou à Buenos Aires”, me empolguei todo, pensei em todos os lugares para conhecer, no Freeshop (comprar, comprar, comprar) e depois disso tudo me bateu um super peso na consciência de começar outro ano sem nem um real na poupança “do banco” e decidi pegar toda a grana das minhas férias e décimo terceiro e poupar. Aí passou Natal, Ano Novo e estava satisfeito, todo orgulhoso: “Eu parei de torrar dinheiro e vou começar 2012 com o pé direito”. E junto com esse sentimento veio a depressão: “Eu preciso viajar, eu não agüento mais assistir filmes em casa e comer pipoca, chocolate, torrone, brigadeiro, panetone e depois enlouquecer na academia pra tentar compensar tudo isso”. Decidi então fazer um acordo com meus “eus”. Sabe gente, eu descobri que tenho duas pessoas dentro de mim, uma que adora não se preocupar com dinheiro e acha que comer é tudo na vida, além de viajar e comprar um milhão de coisas que depois de uma semana serão apenas puro arrependimento, porque não servirão para nada útil, e o meu outro “eu” é simples, objetivo, e pensa em poupar para um futuro melhor, ou seja, ele quer saber exatamente quanto tem na carteira e no banco, antes de passar vergonha em algum restaurante por aí. Esses dois “eus” entraram em um acordo que um pedaço do meu décimo terceiro poderia ser usado para uma viagem básica, para relaxar, porque eles sabiam que se isso não acontecesse provavelmente enlouqueceria em casa e torraria o meu dinheiro de todo jeito, só que apenas em comida, o que não seria nada legal. 
Fiz uma mala gigante, enchi o tanque do carro e fui embora, com algumas ideias em mente... “Vou comer ali e ali e tem aquele restaurante...”
Duas horas depois de sair de Maceió, já em Maragogi, cheguei à parada obrigatória da viagem, o “Autocafé”. Todo mundo que viaja pelo litoral de Alagoas sabe que se você não parar nesse café sua viagem não será completa. Quando eu conheci esse lugar pela primeira vez era bem pequenininho, super aconchegante e delicioso. Só que obviamente o negócio deu muito certo, porque como eu disse tudo por lá é uma delícia, e resolveram ampliar, colocar internet Wi-fi (tendência do momento), caixa eletrônico e um milhão de outras coisas. Isso fez com que o lugar perdesse um pouco daquele clima aconchegante, por ser pequeno e ter poucas mesas, mas pelo menos eles compensaram mantendo a qualidade das delícias e ampliando o cardápio.
Como sempre fiz o meu pedido padrão: Cappucino de canela com chocolate, uma porção de pão de queijo da “casa do pão de queijo” e uma empada quatro queijos da maravilhosa, única e incomparável “Bragança”. E não achando pouco depois de tudo isso decidi “provar” o Capuccino shake, que parece feio na foto, mas é super, super delícia. 



Enfim, conheça, se delicie e sempre pare no Autocafé, nem que seja com a desculpa de que vai abastecer um pouco o carro (Porque eu nunca abasteço, só dou a desculpa). E eles também estão oferecendo almoço por lá, e pelo cardápio, fiquei super curioso e com vontade de almoçar todos os pratos, porque vindo do Autocafé acredito que realmente deve ser maravilhoso. Se eu couber no carro e voltar da viagem pelo litoral, juro a vocês que vou me esforçar para mostrar como é almoço de lá, vai ser um esforço “muito grande”, mas vou fazer isso por vocês, só dessa vez.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ano Novo/2012

Ano novo é a última desculpa do ano que você tem para comer adoidado sem peso na consciência. Porque a gente passa o ano inteiro dando desculpas né? “Ahh eu vou comer essa bandeja de brigadeiros porque é o aniversário da minha mãe”, “eu vou tomar esse pote de sorvete de 2 litros todo porque é o meu aniversário e eu mereço”, “eu vou beber e comer muuuuito essa sexta-feira porque minha semana de trabalho foi um estresse”...Enfim, é desculpa o ano inteiro. Aí chega o natal e começam as promessas..."No próximo ano terei controle sobre a minha vida financeira”, “comerei apenas o necessário em cada refeição do dia”, “vou entrar na academia e frequentá-la pelo menos 3 vezes por semana”. Cada um faz sua promessa que com muita fé espera cumprir, é claro que só depois da última desculpa do ano, a festa de ano novo.
Este ano, ou melhor, ano passado recebi um convite de uma amiga para ir pra festa de ano novo junto com a família dela e depois de todas as comidas e fogos de artifício, irmos pra uma festa na casa de praia dela junto com vários amigos nossos. E assim foi. Cheguei na casa da família dela e antes da porta abrir eu mentalizei: “Eu só vou comer um prato no jantar e escolher uma sobremesa”. Aí a porta abriu e quando eu vi todas as opções disponíveis comecei a pensar em várias desculpas para quebrar a promessa que fiz antes de entrar, afinal é ano novo e todo mundo pode tudo!
A primeira desculpa é que essa minha amiga é neta de umas senhoras muito simpáticas, que infelizmente não tive a chance de conhecer, mas que escreveram um livro de receitas enorme, original e definitivamente bastante apetitoso. Olha como elas são elegantes.


E sabe uma coisa engraçada? É que elas agraciaram as suas gerações futuras com o poder de realizar as receitas exatamente como elas eram para ser feitas, ou seja, se você não tiver o sangue da família não consegue, não adianta. “Ahh, mais eu segui passo a passo a receita e sou excelente na cozinha”, não adianta, você foi abençoado pelas avós? FOI? Então se contente em apenas ter a sorte de poder apreciá-las. Vamos começar pelos pratos salgados.
Comecei “provando” o estrogonofe de carne, que apesar de ser uma receita simples estava divino! Posso dizer sem sombra de dúvidas que esse foi o melhor estrogonofe que já comi na minha vida. Estava tão maravilhoso, tão apetitoso que decidi provar mais uma e outras vezes mais durante toda a festa.


Em seguida coloquei no prato o pão recheado de camarão, que também estava uma delícia, a massa era ótima e o camarão combinava de forma divina.



Ainda no clima “Eu adoro camarão” fui em seguida de maionese de camarão. Esse era um prato frio e nem precisa dizer que estava também maravilhoso né? A foto abaixo diz tudo, até porque como vocês podem ver o prato tinha ervilhas de verdade! Que são muito mais que ervilhas de mentira!! lembram da diferença?


Depois de tudo isso, pensei em dar uma paradinha, respirar um pouco sabe? E depois comer mais alguma coisinha, o problema é que justamente nessa hora vi os famosos pasteizinhos da Bartyra. Você pode olhar pra foto e pensar: ”Ahh isso eu faço em casa, só é comprar a massa pronta, rechear e ta ótimo”. Não. Não é não. Esses pasteizinhos tem a massa feita à mão, em uma receita super exclusiva desenvolvida pela Bartyra, que é a avó da minha amiga que me fez o convite para o jantar. E depois que o pastel é recheado, neste dia com carne, ele é polvilhado com açúcar refinado, o que dá o toque final e irresistível desse pastelzinho maravilhoso que Deus sabe como é impossível difícil comer um só, porque eu tentei muito, mas acabei comendo quase a bandeja inteira e sendo muito deselegante como convidado, pronto, confessei.


No ano novo todo mundo diz que dá sorte comer lentilhas e como todo bom jantar de ano novo foram servidas lentilhas, cozidas ao azeite, alho e cebola. Mas não tem jeito, não tem quem me faça gostar de lentilhas, se for depender da sorte delas estou condenado à miséria pelo resto da vida, porque eu juro que essa foi a última vez que tentei comê-las. Reforçando, eu não dava um gomo de tangerina por um prato de lentilhas. Mas vejam como o prato estava bonito e elas pareciam apetitosas, juro que pensei que dessa vez ia amar. 


Explodindo de tanto ter comido e com um gosto terrível de lentilhas na boca fui apreciar a mesa de sobremesas.


Agora diga se é fácil? Entendi nesse dia porque a coitada da minha amiga ruiva vive de dieta, também pudera, com uma família que cozinha assim é difícil, muuuuuuuuuuito díficil. Eu só sei que eu sofri, sofri, sofri muito, porque eu queria provar todas, mas sabia que estava no limite. Sabe quando você está daquele jeito que se comesse uma cereja seria o fim de tudo? Fiz “Uni-duni-té” e decidi pela coroa de amêndoas. Agora me diga por quê? Porque eu inventei de provar essa sobremesa? Não podia ter corrido no banheiro colocado um pouco de pasta de dentes na boca e encerrado por ali? Não... eu tinha que abrir a caixa de Pandora, porque doce comigo nunca é um pouquinho.
Provei um pedacinho da coroa de amêndoas, uma sobremesa portuguesa que leva doce de leite, ovos e amêndoas.


Meusdeusdoceu! Que sobremesa era essa? Comi uma, duas, três vezes e ainda pedi à minha amiga pra carregar um pouco pra festa pós-reveillon (pobre é triste, sempre quer carregar comida das festas). O triste de eu ter me esbaldado na coroa de amêndoas é que não sobrou espaço pra mais nada e não consegui “provar” a torta de limão e o bombocado, mas tenho esperança que um dia terei a chance de experimentar esses também (Quem sabe no próximo ano novo né?Se alguém me convidar...) (#fikdik).
Enfim, o que ficou do ano novo foram mais promessas e alguns gramas a mais na balança, como sempre. Ahh!! E quem quiser uma cópia do livro das senhoras simpáticas me manda um email, comentário, carta, telegrama, pombo correio, que eu ajudo, porque é difícil de encontrá-lo nas livrarias, mas através da minha amiga consigo a R$25,00 e posso enviar para qualquer lugar do Brasil.