Como todos já estão carecas de saber o melhor horário para se comer carboidratos é a noite, preferencialmente depois das 20:00. Neste horário tudo que você come se multiplica, cresce e vai parar na sua barriga e quando você for à praia não precisa mais comprar boias porque você terá duas exclusivas, feitas sob medida, grudadas uma de cada lado do seu corpo, não é uma maravilha? Por isso durante a estadia no Blue Tree eu sempre caprichava no jantar. Também não tinha como ser diferente. As melhores entradas, pratos e sobremesas estavam disponíveis nesse horário e eu simplesmente não conseguia resistir, ou melhor, nem tentava. Fiquei logo curioso para “experimentar” um couvert que estava como sugestão em cima da mesa, era lindo.
Lindo né? Pois é...”Lindo” porque "gostoso" já é outro detalhe que eu não sei se cabe aqui. Com exceção do tomate seco, que estava razoável o resto eu nem lembro mais do gosto. Como eu tinha dito a vocês antes e que não é novidade para ninguém, São Paulo é frio, tão frio que as vezes não sabia quando o ambiente era refrigerado ou não. Só comecei a sentir a diferença no caminho entre o quarto e o restaurante, porque o corredor não tinha aquecimento, ou seja, você tinha que correr pela sua vida!!Porque para mim 23 graus já é frio e 13 já é algo do tipo “temperatura de congelamento”. Precisa dizer que a porcaria das minhas amígdalas, com quem tenho problemas desde quando estava na barriga da minha mãe, inflamaram e doeram como o inferno já no terceiro dia? Pois é, eu tive que me entupir de remédios e procurar algo quente pra aguentar o frio. Aí tive a infelicidade de comer uma “canja”, que tava mais pra um caldo com pedaços de peito de frango sem tempero.
Pra minha sorte no outro dia vi que eles tinham uma sopa de cebola. Essa sim estava divina, uma delicia, eu só não repeti pra não ser deselegante.
Aí depois de assinar um tratado de trégua com as minhas amígdalas estava pronto para experimentar coisas mais apetitosas como esse Caserecce com molho GORGONZOLA!!, agora não me pergunte o que é caserecce, só sei que parece um penne e estava uma delícia, principalmente porque o brócolis deu um toque maravilhoso ao prato.
No dia seguinte vi no cardápio fettuccine com “polpetinhas” de carne. Fique pensando...O que seria uma “polpetinha”? Obviamente que o garçom me disse: “Senhor são pedaços carne”, super esclarecedor. Fiz o pedido para tirar a dúvida.
HA! Eram almôndegas! Não, não, mas “polpetinhas” é mais elegante, ou não. Enfim, o que importa é que estava gostoso e era um domingo a noite, ou seja, eu podia comer almôndegas ou qualquer coisa gostosa e gorda para compensar o fato de que o Faustão estava passando na TV e quando eu vejo ele bate logo uma depressão seguida de fome (#programaruimdapeste). Empolgado com as massas deliciosas decidi arriscar e ir um pouco pro lado oriental com um Yakisoba de frutos do mar.
Ok, não foi uma boa escolha, eu cheguei a ter pena dos pobres camarões que deram a vida por um prato tão, tão...Sem graça. O negócio foi tão sério que eu tive que recorrer a uma ”sobremesa de emergência” pra poder ver se eu dormia mais feliz.
Geeente!!Peloamordedeus!!Precisa dizer que se eu soubesse que essa sobremesa era tão boa ao invés do Yakisoba tinha pedido dois pratos de sorvete? Muito bom, bom mesmo é que nem peguei a marca do sorvete, porque Deus sabe o que faz, eu com o nome da marca com certeza ia comprar uns 10 litros por fim de semana. Nas duas noites seguintes decidi ir de carne e pedi uma picanha, bem gorda e bem suculenta!
A picanha estava divina, mas R$50,90 em um pedaço de picanha é pra matar qualquer um, porque arroz com ovo e cebola frita não contam né? Se eles ao menos tivessem feito “Onion rings”. No dia seguinte persisti na carne, só que dessa vez pedi um filet mignon ao molho gorgonzola.
Bem, o filet mignon estava macio, apetitoso, agora seja lá quem fez esse prato esqueceu de colocar o gorgonzola ou simplesmente confundiu “molho” com “caldo”, porque o gorgonzola passou longe, no mínimo uns 15 quilômetros. Agora vou dizer a vocês, o prato de galeto realmente estava completo. O galeto, o brócolis (Cheio de manteiga) e o purê de abóbora estavam deliciosos e obviamente que eu pedi para servirem esse prato no quarto, porque não existe nada melhor que ser deselegante e comer o galeto até o osso e com as mãos, se bem que quando o prato chegou eles tinham desossado e fiquei frustrado.
Delicia né? Agora deixei uma coisinha pro final, porque essa “coisinha” merecia um prêmio tipo “Sobremesa do ano”, “Oscar culinário” ou algo do tipo.
Vou dizer, essa sobremesa estava espetacular, estava tão gostosa que as 3 vezes que eu pedi levei um dia comendo cada uma (#exagero). Mas realmente era uma sobremesa que você não conseguia comer rápido, porque é tão boa que dá pena de acabar, aí você tem que comer bem devagar, apreciando cada centímetro. Delícia de brownie, delícia de sorvete, delícia demais!!Bem, eu não conheço São Paulo de verdade, posso dizer que agora conheço alguns shoppings e o Blue Tree da verbo divino e ponto final. Mas se for verdade que lá é tudo realmente caro, seja hospedagem ou alimentação, o Blue Tree está dentro do orçamento de quem vai à São Paulo, ou não. E se você quiser só passar pra comer e se hospedar em uma cabana na esquina você paga isso:
Couvert – R$12,00
Caserecce com molho gorgonzola – R$29,90
Fettuccine com “polpetinhas” de carne – R$32,90
Yakisoba de frutos do mar – R$39,90
Sorvete de doce de leite com nozes – R$16,90
Picanha Maitre d´Hotel – R$50,90
Filet mignon ao molho gorzonzola – R$58,90
Delícia de chocolate – R$16,90
E isso para o café da manhã e almoço: R$28,90 + bebida (café da manhâ) e R$42,90 + bebida (buffet).
Absurdo? Colocando na ponta do mouse os valores nem são tão absurdos assim, porque aqui onde eu moro, nessa cidade “enorme” chamada Maceió, você paga isso “fácin, fácin!” aqui ou ali, em lugares não tão elegantes quanto o Blue Tree. Enfim, foi bom, foi gostoso, foi gordo e eu adorei!Ahhh e antes de morrer peloamordedeus prove essa delícia de chocolate!!É tudo de bom e vale a pena entupir uma de suas veias por ela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário